quarta-feira, março 15, 2006

AREIA PARA OS “OLHOS” OU ILUSÃO ÓPTICA


Segundo a oposição não existe divida. Está tudo bem, normalíssimo, cor-de-rosa. Mesmo a divida de longo prazo pelos vistos também não preocupa ninguém, e aqui nem o actual executivo se preocupa, pelos vistos.

Então vamos pensar numa pequena conta!!!

Uma divida de longo prazo, à volta de 6.000.000 euros, sem períodos de carência, com prazos médios de amortizações à volta de 15 anos, quanto vai dar por mês? Mesmo para uma taxa de juro que ande à volta dos 4 %, e sabendo que a tendência dos juros baixos também acabou. Em grosso modo rondara sempre para cima dos 400.000 euros/ano. Mas o que são 400.000 euros para um concelho rico como o nosso? Que apenas vai equivaler a 12% do que recebemos via Orçamento de Estado. É tudo muito cor-de-rosa. Não preocupa ninguém. Afinal não “estamos de tanga”.

O problema é que andamos aí com os chamados níveis de endividamento, ditos “baixos”, quando tudo isso é uma grande aberração, pois muitos empréstimos não entram para o somatório do nível de endividamento.

O povo diz que de “Grão a Grão enche a galinha o papo”, mas aqui, “ Divida encima de Divida, fica o Custódio sem tostão”.

Se o problema da autarquia fosse só a divida de longo prazo, não havia certamente tanta preocupação. Então e a divida de curto prazo?

Se nos disserem que os autos das obras estão todos medidos, deve-se X. A receita comparticipada que falta entrar dessas obras é de Y. Então temos, X-Y= Z.

Mas o problema é que muita receita destas obras pode já ter sido gasta noutras coisas, pode ainda haver autos para serem medidos e a divida pode ainda ser maior do que aquilo que se apregoa.

Perguntamos.

Mas, as Receitas Correntes não têm que cobrir as Despesas Correntes. Será que esta regra básica de equilíbrio financeiro está a ser cumprida, ou ninguém se preocupa. E a Lei das Finanças Locais afinal não é para cumprir. Não há sanções para quem não cumpre a Lei.

Quais são os custos de funcionamento do município neste momento?

Quais são as despesas fixas que o município tem que suportar todos os meses em média? E o que sobra depois de as pagar? Isto é, será que sobra alguma coisa? Ou também é ilusão óptica.

Esperamos que o município com a sua Prestação de Contas, nos dê resposta a estas e a outras perguntas. Até lá só nos resta aguardar e ir jogando no euromilhões.

E como “cautelas e caldos de galinha nunca fizeram mal a ninguém” esperamos que o actual executivo, seja prudente na sua gestão e se acautele devidamente para não ter sobressaltos. Porque justificar Despesa com mais Despesa, é coisa do 3.º Mundo.



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