sábado, julho 22, 2006
CONFRONTO DE IDEIAS "SAUDÁVEL" COM UM POST DO MEDIANASUL
Caro Mediana Sul…os valores apresentados foram retirados na íntegra da Prestação de Contas da Câmara, não inventamos nada, nem é essa a intenção. Números estes aprovados pelo Orgão Executivo e pela Assembleia Municipal.
Quanto à interpretação desses números é outra coisa. Como sabe os números dizem respeito a 31/12. Vamos tentar responder a cada uma das suas questões:
Pergunta?
“Era bom que se dissesse a que se deve o deficit… qual o peso, v.g., das despesas para garantia do abastecimento de água em 2005?”
Também gostava que a autarquia nos dissesse, o valor que fica o metro cúbico da água para a autarquia. Mas ninguém deve saber. Aquilo que sabemos é que as pessoas se queixam que a água está cara, e não tem qualidade, e que as taxas de lixo e outras estão caras. Também não vimos uma explicação para o facto da receita da água ter caído para metade.
A água não serve de desculpa para o deficit de 2005. O despesismo eleitoralista é que foi muito. E o povo não perdoa.
Pergunta?
“Quanto desta divida tinha receitas garantidas? “
Esta resposta só pode ser dada para o ano, pois como se sabe os Planos Plurianuais de Investimento na parte da receita estão normalmente sobreavaliados. Se tiver o cuidado de comparar as Receitas que se colocaram em Plano de Actividades em relação ao Feder no ano de 2005, a sua execução foi de 50%. Vai acontecer o mesmo em 2006 e por aí adiante.
Portanto, é obvio que existem receitas garantidas, mas também existem muitas mais despesas (autos) para serem lançadas, e que também só se vão reflectir para 2006. Vamos ver nas próximas contas, qual o saldo que fica. Se tínhamos mais receitas para receber ou se pelo contrário, havia ainda mais despesas.
“Era bom que se dissesse a que se deve o deficit… qual o peso, v.g., das despesas para garantia do abastecimento de água em 2005?”
Também gostava que a autarquia nos dissesse, o valor que fica o metro cúbico da água para a autarquia. Mas ninguém deve saber. Aquilo que sabemos é que as pessoas se queixam que a água está cara, e não tem qualidade, e que as taxas de lixo e outras estão caras. Também não vimos uma explicação para o facto da receita da água ter caído para metade.
A água não serve de desculpa para o deficit de 2005. O despesismo eleitoralista é que foi muito. E o povo não perdoa.
Pergunta?
“Quanto desta divida tinha receitas garantidas? “
Esta resposta só pode ser dada para o ano, pois como se sabe os Planos Plurianuais de Investimento na parte da receita estão normalmente sobreavaliados. Se tiver o cuidado de comparar as Receitas que se colocaram em Plano de Actividades em relação ao Feder no ano de 2005, a sua execução foi de 50%. Vai acontecer o mesmo em 2006 e por aí adiante.
Portanto, é obvio que existem receitas garantidas, mas também existem muitas mais despesas (autos) para serem lançadas, e que também só se vão reflectir para 2006. Vamos ver nas próximas contas, qual o saldo que fica. Se tínhamos mais receitas para receber ou se pelo contrário, havia ainda mais despesas.
Pergunta?
“A forma de calcular a capacidade de endividamento é igual para todos. A situação do nosso Concelho afigura-se-me muito saudável no panorama nacional.”
É verdade. O cálculo é igual para todos. A capacidade de pagar e de solver os compromissos é que é diferente. A nossa capacidade é pequenina infelizmente. Pergunte aos empreiteiros em quanto está o atraso. Para alguns já se fala em anos. É muito preocupante.
“A forma de calcular a capacidade de endividamento é igual para todos. A situação do nosso Concelho afigura-se-me muito saudável no panorama nacional.”
É verdade. O cálculo é igual para todos. A capacidade de pagar e de solver os compromissos é que é diferente. A nossa capacidade é pequenina infelizmente. Pergunte aos empreiteiros em quanto está o atraso. Para alguns já se fala em anos. É muito preocupante.
Pergunta?
“Falta dizer qual é o limite legal do peso desta despesa e, parece-me, que o existente está abaixo do estipulado.”
Não temos presente o valor desse rácio, mas sabemos que está baixo, em relação à Lei das Finanças Locais. Mas se um município gastar 50 % da sua receita total em pessoal, e não estivermos preocupantes, pelo facto de amanhã, não existir dinheiro para lhes pagar. É uma irresponsabilidade.
O que não é correcto é entrarem dezenas de funcionários nas vésperas das eleições. Existe aqui um condicionalismo ao voto. E 20 é um número muito significativo num concelho como o nosso.
“Falta dizer qual é o limite legal do peso desta despesa e, parece-me, que o existente está abaixo do estipulado.”
Não temos presente o valor desse rácio, mas sabemos que está baixo, em relação à Lei das Finanças Locais. Mas se um município gastar 50 % da sua receita total em pessoal, e não estivermos preocupantes, pelo facto de amanhã, não existir dinheiro para lhes pagar. É uma irresponsabilidade.
O que não é correcto é entrarem dezenas de funcionários nas vésperas das eleições. Existe aqui um condicionalismo ao voto. E 20 é um número muito significativo num concelho como o nosso.
Pergunta?
“A gestão do Município não pode ser feita olhando só para as transferências do Estado (onde estaria a independência municipal…)”
Infelizmente a nossa autarquia depende do Estado e com tendência para depender ainda mais no futuro. Não existe independência municipal. Existem alguns estudos e neste Blog temos um post que aborda esta questão.
“A gestão do Município não pode ser feita olhando só para as transferências do Estado (onde estaria a independência municipal…)”
Infelizmente a nossa autarquia depende do Estado e com tendência para depender ainda mais no futuro. Não existe independência municipal. Existem alguns estudos e neste Blog temos um post que aborda esta questão.
Pergunta?
“Isto significa que se aproveitou a totalidade ou quase da possibilidade de captação de investimento comunitário. Parece-me bom! Vamos ver se se consegue manter esta capacidade.”
No ano 2003 e 2004 os fundos comunitários tiveram uma boa execução e ainda bem. Mas. Em 2005 já se notou uma quebra muito significativa. E é evidente que 2006, em termos de Fundos Comunitários vai ter uma execução ainda mais baixa. Só para 2007 e principalmente 2008 é que o futuro Quadro Comunitário, pode voltar a inverter esta situação.
“Isto significa que se aproveitou a totalidade ou quase da possibilidade de captação de investimento comunitário. Parece-me bom! Vamos ver se se consegue manter esta capacidade.”
No ano 2003 e 2004 os fundos comunitários tiveram uma boa execução e ainda bem. Mas. Em 2005 já se notou uma quebra muito significativa. E é evidente que 2006, em termos de Fundos Comunitários vai ter uma execução ainda mais baixa. Só para 2007 e principalmente 2008 é que o futuro Quadro Comunitário, pode voltar a inverter esta situação.
Mas boa execução, não é sinónimo de bom investimento.
Pergunta?
“Espero que com isto não esteja a dizer-se que é de aumentar as taxas e impostos, nem que se esteja a insinuar a “inviabilidade financeira” do Concelho.”
Também esperamos que não. O povo não tem culpa do despesismo e dos elefantes brancos comerem muita palha.
“Espero que com isto não esteja a dizer-se que é de aumentar as taxas e impostos, nem que se esteja a insinuar a “inviabilidade financeira” do Concelho.”
Também esperamos que não. O povo não tem culpa do despesismo e dos elefantes brancos comerem muita palha.
Pergunta?
“Repito: Espero que com isto não esteja a dizer-se que é de aumentar as taxas e impostos, nem que se esteja a insinuar a “inviabilidade financeira” do Concelho.”
Farto de subidas de taxas já teve o POVO no passado. Temos que dizer CHEGA.
“Repito: Espero que com isto não esteja a dizer-se que é de aumentar as taxas e impostos, nem que se esteja a insinuar a “inviabilidade financeira” do Concelho.”
Farto de subidas de taxas já teve o POVO no passado. Temos que dizer CHEGA.
Repetimos: O povo não tem culpa do despesismo e dos elefantes brancos comerem muita palha.
O ACTUAL ORGÃO EXECUTIVO TEM QUE "ARREPIAR" CAMINHO ...