domingo, janeiro 14, 2007

CARTA EDUCATIVA DO CONCELHO DE VILA NOVA DE PAIVA

Dando seguimento ao POST anterior e tendo em conta o Decreto-Lei n.º 7/2003 de 15 de Janeiro, que originou a Carta Educativa.
Antes de mais queremos por começar por lamentar o acontecido no dia 06 do presente mês. Foi uma vergonha para o concelho, e para as suas gentes. Havia vários convidados na mesa, que levaram a “nossa” pouca-vergonha além portas. Foi um dia VERGONHOSO, onde a falta de civismo esteve patente. E se alguém pensar que tirou dividendos desta situação, está redondamente enganado.

O objectivo deste Fórum, era discutir a Carta Educativa do concelho, discutir a educação do concelho, dar pela primeira vez, voz ás pessoas do concelho, ouvir especialistas sobre a matéria, mas ao invés disso voltou-se aos tempos de levantamentos populares em que existiam os “instigadores populares”, tipo país 3.º mundo, com poderes para criar manifestações junto das populações e que manipulavam as populações para os seus fins.

Quando pela primeira vez, alguém decide DEBATER um problema sério, com as populações locais e dar-lhes voz, este recebe em troca apupos, insultos e ordinarices.

Queremos dar um LOUVOR à Câmara Municipal pela coragem da iniciativa, (JÁ DEVERIA TER SIDO EM 2003) e por querer discutir com o POVO os problemas do concelho e partilhar as suas preocupações, pois sabemos que seria mais fácil esperar pela decisão do Governo, como estão a fazer alguns concelhos nossos vizinhos.

O que é melhor? Debater dentro de portas os nossos problemas e juntar ideias válidas para levar ao governo? Ou esperar sentado que o Governo nos feche as escolas como tem vindo a fazer por todo o país, assim como fechos de Maternidades, Serviços de Urgências, Finanças, Conservatórias, Centros de Saúde, GNRs, etc…

Este problema da Carta Educativa e da sua elaboração já vinha sendo adiado há anos.

Nos Planos de Actividades do Município mais antigos (ano 2003), esta temática já fazia parte dos mesmos, mas nunca tinha saído do papel. E nunca saiu do papel por estratégia politica, pois este problema de fecho de escolas é muito “complicado”, e politicamente gerir esta situação não é fácil. Mas, que ninguém se iluda o Governo é que manda!

Num passado vem recente havia uma Assembleia Municipal, muito politizada para o mesmo lado, em que a discussão destes e outros assuntos acabavam em duas a três horas. Agora falam…falam…falam… e também não dizem nada; vejam lá se encontram o meio termo, pois a paciência do Povo tem limites.

Nunca se viu os políticos do concelho muito preocupados com a Educação no concelho, nem com a degradação das escolas, mas ao invés disso fizeram-se Adros de Igreja que são um autêntico luxo neste concelho, preparam-se para fazer uma biblioteca municipal em grande, temos um auditório municipal monstruoso, e as escolas primárias continuam como o parente pobre da evolução do nosso concelho e do país, quando deveria ser o contrário.

Relativamente à Carta Educativa elaborada por uma empresa independente, temos algumas considerações a dizer.

Ficamos preocupados e assustados com as projecções de alunos para o futuro.

Somos a favor que mais nenhuma escola feche, enquanto o Governo não garantir uma alternativa válida. E aqui sim, devemos TODOS ser unidos.

Essa alternativa pode passar pela criação de raiz de um Pólo Educativo, para o 1.º ciclo, em Vila Nova de Paiva, com todas as condições de um país desenvolvido. Esse Pólo terá que ser composto de uma boa cantina, salas de informática, pavilhão gimnodesportivo para incentivo ao desporto, aprendizagem de uma segunda língua – Inglês, espaços abertos com recreios e espaços lúdicos para as crianças brincarem em segurança, salas de apoio pedagógico para as crianças com mais dificuldade e apoio decente e em segurança para o transporte das crianças das suas aldeias.

Algumas escolas no nosso concelho, são compostas por várias classes na mesma sala, e com o mesmo professor, esta situação é intolerável e anti-pedagógica.

Mas como já dissemos, o Governo é que vai mandar e decidir, quer nós queiramos ou não, vamos é tentar minimizar os estragos.

Para conclusão, nós Tribuna Laranja gostaríamos de ver as aldeias com as suas escolas, mas com as devidas condições, pelo menos com quatro salas e quatro professores por cada ano lectivo, mas se não houver alunos para se conseguirem fazer turmas com o número mínimo de alunos o que é que podemos fazer, se o governo insiste em fechar estas escolas?

Comments:
Dizer que concordo na integra com a denuncia de falta de civismo e sentido de argumentação que este post denunciou.

Dizer que louvo o actual orgão autárquico pela iniciativa.

Dizer que concordo com muitas das propostas avançadas na carta educativa elaborada pela empresa privada, principalmente as que prevêem uma racionalização de meios e contemplam a criação de pólos agregadores.

Louvar este blogue por pegar neste assunto de forma correcta...ou seja...a da exposição e da explicação.

cmps
 
Boas

Agradecemos o louvor de Viperina.

Pensamos que não se deve brincar com assuntos sérios, como a Educação.

Uma coisa são as politiquices, e tudo o que envolve estas questões. Outra coisa é brincar com o futuro das crianças.

Cmps
 
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