sexta-feira, fevereiro 02, 2007

AFINAL ELAS VÃO NADAR


Todos devem estar lembrados das “Famosas Figuras Rupestres de Foz Côa”, aquando da entrada do Eng.º Guterres para o Governo e do seu ministro do Ambiente, na altura, hoje Primeiro Ministro de Portugal, Eng.º José Sócrates.

Na altura já tinham sido investidos cerca de 50 milhões de euros na dita barragem, mas que foi suspensa pelo então Governo, porque as figuras “não sabiam nadar”.

No Jornal de Negócios, tendo como director Camilo Lourenço, foi dito o seguinte:
Portugal descobiu que vale a pena explorar fontes de energia amigas do ambiente. Com destaque para a eólica e hidroeléctrica. No segundo caso, com o reforço da potência de barragens existentes e a construção de três novas. Óptimo: é chocante constatar que os dois últimos empreendimentos hidroeléctricos de nota (Aguieira e Lindoso – o Alqueva é uma reserva de água...) têm mais de 30 e 20 anos.

E que o aproveitamento dos recursos hídricos do país é de apenas 58%, contra 78% aqui ao lado e mais de 90% nos países nórdicos.

Mas construir barragens novas não é fácil. Não pela engenharia... nem pelo financiamento. Mas pelo habitual desfile de 1001 razões porque (ambientalmente ou por outros motivos, v.g. Foz Côa), não se podem criar albufeiras artificiais. Esta semana, o nº 2 do Ministério do Ambiente disse a este jornal que, se fosse hoje, Foz Côa iria para a frente.

Salve: um Governo liderado pelo homem que era secretário de Estado do Governo que suspendeu a barragem, reconhece que a decisão foi um disparate. Não sabemos se José Sócrates concorda. É provável que sim (a decisão de Guterres, na altura, não colheu unanimidade...). Agora Sócrates só precisa de convencer ambientalistas como Francisco Ferreira, da Quercus (que me disse nunca ter sido contra Foz Côa,), a fazerem campanha pela barragem.
Será que as figuras entretanto aprenderam a nadar?

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